segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

TRANSGRESSORA

Sou passeata viva
Meu corpo incessantemente
Reivindica ao meu coração
Que ele se rebele desesperadamente
Contra a ordem estabelecida
Pelo meu cérebro que ditatorialmente
Nos impõe
Eu, corpo, coração e mente
Que sigamos a razão diuturnamente
Como se fossemos um rebanho
A ser conduzido de forma consciente
Na direção do abate frio e cruel
Dos meus desejos mais ardentes
Dos meus sonhos mais inconscientes
Da minha literatura mais urgente
Queremos revolução
Brada o corpo loucamente
Não podemos mais viver aprisionados
Pela frieza de uma razão
Que nos foi imposta covardemente
Para nos tornar absurdamente comuns
Vazios, sós e indiferentes
Já o coração discorre horas
Incansavelmente
Sobre a necessidade
De se fazer uma transição pacífica
Democraticamente
Justifica-se
Afinal o medo e a paixão
Transbordam dele igualmente
Enquanto o isso o cérebro falsamente coerente
Do alto de sua materialidade descrente
Com suas artimanhas racionais
Busca sorrateiramente
Nos aprisionar para sempre
Porém não mais que de repente
Surge uma guerrilheira
Transgressora
Disposta a acabar apaixonadamente
com toda ordem vigente
Viva a Arte
Libertária de corpos, corações e mentes

@Moniquinha

Durante dois anos deixei de escrever com a intensidade que sempre escrevi. Fui andar por outros caminhos, me reler como gente. Hoje retorno e como podem perceber não mais assino como @monicacompoesia. Faz parte do processo de amadurecimento humano e literário. Porém, para guardar comigo eternamente, para lembrar para sempre de todas e todos que se tornaram meus leitores amigos por intermédio dessa minha fase literária mantenho o @ na minha assinatura literária. Espero que gostem dessa nova fase. Em breve surgirão outros blogs, novos livros, muitos sonhos. Grande beijo. Bom estar de volta...